O CREDO ESPÍRITA

Muitos são os que se dizem espíritas, mas que não têm conhecimento exato do que significa tal afirmativa. Também Kardec preocupou-se com o fato, e na “Revue Spirite”, de 12/1868, publicou um artigo sob o título “O Credo Espírita”, pelo qual são discriminadas as crenças básicas e fundamentais de todo aquele que se intitule espírita.

Ser espírita é:

1- Crer em um Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom.

2- Crer na alma e na sua imortalidade.

3- Crer na preexistência da alma como justificativa da presente vida.

4- Crer na pluralidade das existências como meio de expiação, reparação e adiantamento intelectual e moral.

5- Crer na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos.

6- Crer na felicidade crescente com a perfeição.

7- Crer na remuneração equitativa do bem e do mal, consoante o princípio “a cada um segundo suas obras”.

8- Crer na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores ou privilégios para criatura alguma.

9- Crer na duração da expiação limitada à da imperfeição.

10- Crer no livre arbítrio do homem, deixando-lhe a escolha entre o bem e o mal.

11- Crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível.

12- Crer na solidariedade que liga todos os entes passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados.

13- Considerar a vida terrestre como transitória e uma das partes da vida do espírito, que é eterno.

14- Aceitar corajosamente as provas, visto que o futuro é mais desejável que o presente.

15- Praticar a caridade por pensamentos, palavras e obras, na mais ampla acepção do vocábulo.

16- Esforçar-se cada dia por ser melhor que na véspera, extirpando da alma alguma imperfeição.

17- Submeter todas as suas crenças ao controle do livre exame e da razão e nada aceitar por uma fé cega.

18- Respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que pareçam, e não violentar a consciência de ninguém

19- Ver nas descobertas da ciência a revelação das leis da natureza, que são as leis de Deus.

ALLAN KARDEC: "Eis o credo da religião espírita, que pode conciliar-se com todos os cultos , com todas as formas de adorar a Deus.

Esse é o laço que deve unir todos os espíritas numa santa comunhão de pensamentos, enquanto se espera que ele ligue todos os homens sob a bandeira da fraternidade universal."


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